Embora as guerras significarem aporte de grandes tragédias à humanidade, há de se considerar também os inegáveis avanços no conhecimento técnico-científico em diversos seguimentos instrutivos, como na biologia, física, química, medicina e engenharia. Mesmo nos campos de batalha, eram instituídas as primeiras ações de remoção de vítimas propriamente ditas, a exemplo do serviço médico militar organizado pelos romanos, que consistia na movimentação de seus feridos em batalhas, destinando-os a locais previamente preparados para oferecer o primeiro atendimento médico. A partir do desenvolvimento dos balões de ar quente, que inicialmente foram utilizados apenas em ações de combate e reconhecimento de áreas dominadas pelo inimigo, o vetor aéreo foi empregado também na remoção de feridos, fato ocorrido por volta de 1870, durante a Guerra Franco-Prussiana, dando origem assim ao resgate aeromédico (GALLETI Jr., 2010).
Os balões se mostraram limitados no quesito manobrabilidade, ficando a mercê dos ventos. Entretanto, a aviação continuava seu desenvolvimento, o que produziu balões dirigíveis, como o “Zepelim VII”, utilizado também no atendimento aeromédico de feridos. No ano de 1903 os norte-americanos Oliver e Wilbur Wright conseguiram realizar o primeiro voo controlado de uma aeronave motorizada. Contudo, o primeiro voo devidamente homologado e reconhecido da história, foi realizado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, em 1906, a bordo do 14 Bis, marcando assim o surgimento do avião (FERRARI, 2013). Assim como os balões, os aviões primeiramente foram empenhados em atividades de combate em guerras. Os primeiros registros de empenho em atividades de resgate têm como marco inicial a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), ainda de forma incipiente.
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