A maioria dos nós que utilizamos foram criados pela Marinha do Brasil. Dos quase 2.500 nós, voltas e laçadas existentes, este Manual contemplará os mais eficientes, simples e comumente empregados nas operações de salvamento terrestre realizados pelos bombeiros militares. É preferível ter completo domínio de poucos e eficientes nós, do que conhecer numerosos e ineficazes, dos quais, muitas vezes, não se sabe sequer onde emprega-los. Segundo Colin Jarman e Bill Beavis (1983), autores do livro Marinharia e Trabalhos em Cabos, “um nó é uma combinação de voltas, a maioria das vezes entremeadas, destinadas a reunir dois cabos, a lixá-los entre um ponto e outro, entre um ponto e um objeto ou a aumentar a extremidade de outro cabo”. Naturalmente, uma corda ou fita são mais fortes quando tensionadas axiforme, sem curvas ou dobras.
As voltas e dobras de um nó reduzem a carga de resistência da corda ou fita e, quanto mais abruptas forem as curvas, maior será essa perda e por esse motivo, alguns nós são mais fortes que outros. Infelizmente, não temos como saber qual a perda de resistência exata de cada nó em virtude das variações estruturais das cordas em que eles serão confeccionados. Diâmetros diferentes, material da fibra, encaixe e tratamento térmico das mesmas, alteram esses valores. Não há uma padronização para a realização deste teste.
As exigências para as cordas, bem como todos os equipamentos utilizados no salvamento mudam de acordo com o país em que estão sendo certificados. E face dessa divergência, compreende-se o porquê dos valores de perda de resistência apresentados na literatura sejam discrepantes. Na União Europeia, por exemplo, há a certificação CE (“Conformité Européene”), traduzido para “Conformidade Europeia” em português. Para obter a CE de cordas empregues no salvamento, estas devem passar por testes e se enquadrarem na “European Normative” (EM), do inglês Norma Europeia, número 1891:1998.
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