Vivemos tempos conturbados. Sobretudo em nosso país. Estamos atravessando uma crise econômica, política e moral na qual valores fundamentais são relegados a outros planos. A ganância desenfreada dos homens deixa-os cegos a tudo, levando-os a atitudes inconsequentes, que desmoralizam nosso país. A sensação de impotência nos invade diante do desvio do erário público, dos desmandos na área da saúde, levando à proliferação de doenças. Mas a maior doença está em mentes humanas deturpadas e inescrupulosas, que subjugam nossa racionalidade. Perdoem-me esse desabafo. Mas tal cenário reforça o orgulho de estar à frente de uma fundação que ostenta o nome bombeiros, e de constatar que uma andorinha só não faz verão. Esse sentimento cresce e alimenta a esperança de que é possível mudar tal situação ao percebermos a existência e o comprometimento de instituições sérias, de pessoas que de mãos dadas se unem das mais variadas formas, fisicamente e mentalmente, preocupadas com vidas humanas, com a preservação de bens conquistados com longas jornadas de trabalhos em torno da causa defendida pelos bombeiros, que é a proteção da vida. Estamos falando de pessoas que superam as dificuldades e, muitas vezes sobre um esforço imensurável, vencem desafios, barreiras, demonstrando os grandes valores do ser humano, uma maioria esmagadora que clama por uma sociedade melhor e busca um futuro promissor para si e para todos. Ao fazer a leitura desta edição, que traz entre outros assuntos a atuação do Corpo de Bombeiros na tragédia de Mariana, esse espírito de união será claramente percebido, sempre guiado pelo idealismo de fazer o melhor.
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