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No início do século XXI, adentrando por um novo milênio, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo vem confirmar sua vocação de bem servir, por meio da busca incessante do conhecimento e das técnicas mais modernas e atualizadas empregadas nos serviços de bombeiros nos vários países do mundo.

As atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma diversificada gama de variáveis, tanto no que diz respeito à natureza singular de cada uma das ocorrências que desafiam diariamente a habilidade e competência dos nossos profissionais, como relativamente aos avanços dos equipamentos e materiais especializados empregados nos atendimentos.

Nosso Corpo de Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a preocupação com um dos elementos básicos e fundamentais para a existência dos serviços, qual seja: o homem preparado, instruído e treinado.

Objetivando consolidar os conhecimentos técnicos de bombeiros, reunindo, dessa forma, um espectro bastante amplo de informações que se encontravam esparsas, o Comando do Corpo de Bombeiros determinou ao Departamento de Operações, a tarefa de gerenciar o desenvolvimento e a elaboração dos novos Manuais Técnicos de Bombeiros. Assim, todos os antigos manuais foram atualizados, novos temas foram pesquisados e desenvolvidos. 

Mais de 400 Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros, distribuídos e organizados em comissões, trabalharam na elaboração dos novos Manuais Técnicos de Bombeiros - MTB e deram sua contribuição dentro das respectivas especialidades, o que resultou em 48 títulos, todos ricos em informações e com excelente qualidade de sistematização das matérias abordadas.

Na verdade, os Manuais Técnicos de Bombeiros passaram a ser contemplados na continuação de outro exaustivo mister que foi a elaboração e compilação das Normas do Sistema Operacional de Bombeiros (NORSOB), num grande esforço no sentido de evitar a perpetuação da transmissão da cultura operacional apenas pela forma verbal, registrando e consolidando esse conhecimento em compêndios atualizados, de fácil acesso e consulta, de forma a permitir e facilitar a padronização e aperfeiçoamento dos procedimentos.

Este documento "Destaques da Diretriz" resume as principais questões e mudanças da atualização de 2015 das Diretrizes da American Heart Association (AHA) para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Cuidados Cardiovasculares de Emergência (ACE). Ele foi desenvolvido com o objetivo de focar os profissionais de ressuscitação e os instrutores da AHA na pesquisa de ressuscitação e nas recomendações mais importantes ou controversas, ou aquelas que provavelmente modificarão a prática ou o treinamento em ressuscitação. Além disso, a justificativa para essas recomendações é fornecida.

Como esta publicação pretende ser um resumo, não é feita qualquer referência aos estudos publicados em que se baseia, nem a classificação das recomendações ou níveis de evidência é incluída. Para obter informações e referências mais detalhadas, recomenda-se consultar a atualização das Diretrizes da AHA de 2015 para RCP e ECA, incluindo o resumo executivo publicado na Circulation em outubro de 2015, bem como consultar o resumo detalhado do Consenso Internacional de 2015 sobre RCP e Ciência ECC com Recomendações de Tratamento, publicado simultaneamente em Circulação e Ressuscitação. em um procedimento internacional de avaliação de evidências envolvendo 250 revisores de evidências de 39 países. 

O procedimento da revisão sistemática do International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) de 2015 foi muito diferente em comparação com o seguido em 2010. Para o procedimento de revisão sistemática de 2015, os grupos de trabalho do ILCOR classificaram os tópicos em análise por prioridade e selecionaram aqueles com um nível suficiente de abordagens científicas novas ou controversas para realizar uma revisão sistemática. Por causa desse trabalho de priorização, foram feitas menos revisões em 2015 (166) do que em 2010 (274).
Embora as guerras significarem aporte de grandes tragédias à humanidade, há de se considerar também os inegáveis avanços no conhecimento técnico-científico em diversos seguimentos instrutivos, como na biologia, física, química, medicina e engenharia. Mesmo nos campos de batalha, eram instituídas as primeiras ações de remoção de vítimas propriamente ditas, a exemplo do serviço médico militar organizado pelos romanos, que consistia na movimentação de seus feridos em batalhas, destinando-os a locais previamente preparados para oferecer o primeiro atendimento médico. A partir do desenvolvimento dos balões de ar quente, que inicialmente foram utilizados apenas em ações de combate e reconhecimento de áreas dominadas pelo inimigo, o vetor aéreo foi empregado também na remoção de feridos, fato ocorrido por volta de 1870, durante a Guerra Franco-Prussiana, dando origem assim ao resgate aeromédico (GALLETI Jr., 2010).

Os balões se mostraram limitados no quesito manobrabilidade, ficando a mercê dos ventos. Entretanto, a aviação continuava seu desenvolvimento, o que produziu balões dirigíveis, como o “Zepelim VII”, utilizado também no atendimento aeromédico de feridos. No ano de 1903 os norte-americanos Oliver e Wilbur Wright conseguiram realizar o primeiro voo controlado de uma aeronave motorizada. Contudo, o primeiro voo devidamente homologado e reconhecido da história, foi realizado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, em 1906, a bordo do 14 Bis, marcando assim o surgimento do avião (FERRARI, 2013). Assim como os balões, os aviões primeiramente foram empenhados em atividades de combate em guerras. Os primeiros registros de empenho em atividades de resgate têm como marco inicial a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), ainda de forma incipiente.

A segunda edição do volume Combate a Incêndios Florestais do Manual de Formação Inicial ocorre num momento em que, na sequência da calamidade dos incêndios florestais que flagelou o país no verão de 2003, a temática da formação neste domínio ganha particular relevância pública e institucional. As alterações introduzidas na primeira edição centram-se, para além de aspectos de pormenor, na abordagem do método combinado de combate, bem como no desenvolvimento e ilustração do capítulo dedicado à Segurança. É fundamental que este e todos os demais volumes que integram o Manual de Formação Inicial do Bombeiro sejam assumidos como importantes instrumentos na formação continua dos elementos dos corpos de bombeiros. Só deste modo poderá concretizar-se o projecto formativo da Escola Nacional de Bombeiros, do qual o presente Manual é parte essencial e estrategicamente determinante.

Esta coleção de manuais para a formação de bombeiros vê a luz do dia o ano de adopção da Lei do Sistema Nacional de Protecção Civil, que coloca ênfase especial no valor do treinamento para moldar uma resposta verdadeiramente abrangente e sistêmica da sociedade à emergências e desastres. Esta norma visa estabelecer os pilares superar definitivamente velhos modelos de atenção e eventual alívio de calamidades. Um deles é o formação adequada de todas as componentes dos serviços públicos envolvidos em todas as fases da emergência, incluindo reconhece o lugar central ocupado e sempre ocupado pelo Bombeiros. A médio e longo prazo, a formação possibilita a intervenções dos múltiplos serviços que compõem o complexo sistema de proteção civil com a qualidade e eficiência que exigem as expectativas dos cidadãos.

É um trabalho ambicioso que agora se apresenta, que está alinhado com o objetivo jurídico acima. É uma grande satisfação para mim reconhecer isso e Gostaria de elogiá-lo e, por isso, agradeço à TRAGSA e ao CEIS Guadalajara pelo Foi-me dada a oportunidade de o fazer neste prólogo. Os incêndios de Todos os tipos de eventos constituem um dos riscos mais dilacerantes para a sociedade em todas as épocas e, claro, na atual. A necessidade de A mitigação de seus efeitos tem sido vinculada à origem das políticas públicas de proteção ao cidadão, que inicialmente repousava nos corpos de os bombeiros como instrumento essencial para realizá-las. Eles empregaram Durante dois séculos, técnicas adaptadas ao desenvolvimento do Administrações Públicas e empresas e têm contado com o tecnologia disponível em todos os momentos. Seu "talento profissional" é complexa e em constante mudança, e, portanto, requer cada vez mais a contribuição do ciência e tecnologia e, essencialmente, uma transferência de conhecimento permanente de uma geração para outra. Esta edição Responde a esta ambição, que gostaria de salientar nestas breves palavras.

Os bombeiros têm nestes manuais uma edição cuidadosa com conteúdos que afetem toda a sua profissão, incluindo as relativas à sua manutenção física e prevenção de emergências, tão necessárias em o exercício muitas vezes arriscado de suas funções. E a preparação da média gerência, tantas vezes adiada, tem em um manual Um guia confiável para sua formação. Técnica e didaticamente O nível desses manuais é muito notável e eles contribuem, sem dúvida, para a convergência da formação destes corpos, tão espalhados no passado. Esse tipo de iniciativa contribui para a consolidação do Sistema Nacional de Proteção Civil.

A maioria dos nós que utilizamos foram criados pela Marinha do Brasil. Dos quase 2.500 nós, voltas e laçadas existentes, este Manual contemplará os mais eficientes, simples e comumente empregados nas operações de salvamento terrestre realizados pelos bombeiros militares.  É preferível ter completo domínio de poucos e eficientes nós, do que conhecer numerosos e ineficazes, dos quais, muitas vezes, não se sabe sequer onde emprega-los. Segundo Colin Jarman e Bill Beavis (1983), autores do livro Marinharia e Trabalhos em Cabos, “um nó é uma combinação de voltas, a maioria das vezes entremeadas, destinadas a reunir dois cabos, a lixá-los entre um ponto e outro, entre um ponto e um objeto ou a aumentar a extremidade de outro cabo”. Naturalmente, uma corda ou fita são mais fortes quando tensionadas axiforme, sem curvas ou dobras. 

As voltas e dobras de um nó reduzem a carga de resistência da corda ou fita e, quanto mais abruptas forem as curvas, maior será essa perda e por esse motivo, alguns nós são mais fortes que outros.  Infelizmente, não temos como saber qual a perda de resistência exata de cada nó em virtude das variações estruturais das cordas em que eles serão confeccionados. Diâmetros diferentes, material da fibra, encaixe e tratamento térmico das mesmas, alteram esses valores.  Não há uma padronização para a realização deste teste. 

As exigências para as cordas, bem como todos os equipamentos utilizados no salvamento mudam de acordo com o país em que estão sendo certificados. E face dessa divergência, compreende-se o porquê dos valores de perda de resistência apresentados na literatura sejam discrepantes.  Na União Europeia, por exemplo, há a certificação CE (“Conformité Européene”), traduzido para “Conformidade Europeia” em português. Para obter a CE de cordas empregues no salvamento, estas devem passar por testes e se enquadrarem na “European Normative” (EM), do inglês Norma Europeia, número 1891:1998.

O Volume III do Manual de Formação Inicial do Bombeiro aborda o importante domínio da Hidráulica, enquanto área do conhecimento que estuda o movimento da água, recorrendo às leis da mecânica dos fluidos. O abastecimento e aplicação de água no combate a incêndios implica um conjunto de processos, mais ou menos complexos, que é indispensável que os bombeiros conheçam. Por outro lado, face ao risco que representa para as populações, as águas residuais são abordadas neste volume, no ponto de vista do seu isolamento em rede, tanto no interior como no exterior dos edifícios. Apesar do pesado investimento que representa, a Escola Nacional de Bombeiros prossegue a edição dos volumes que integram o Manual de Formação Inicial do Bombeiro, enquanto projecto estratégico para a construção de um credível e sustentado modelo de formação, dirigido a todos os bombeiros portugueses. Este desígnio justifica todos os esforços, nomeadamente de natureza financeira, bem como impõe uma redobrada determinação na concretização do rumo traçado.